O outro lado dos saltos…Porque não há bela sem senão…
Afinal qual é o preço a pagar pela elegância da utilização regular de saltos muito altos? Antes de mais é importante esclarecer que nem todas as mulheres que usam muito frequentemente saltos altos irão sofrer obrigatoriamente destes problemas, mas é essencial informar e alertar para essa problemática.
Os saltos altos não se devem condenar ou defender, são uma realidade dos nossos dias. A mulher usa-os e sempre usará, sente-se mais bonita, mais esbelta. No entanto poderão causar dores nos pés, tendinites, joanetes e dores na região lombar.
Cada pé possui 28 ossos, dezenas de músculos e centenas de ligamentos. O pé suporta o peso de todo o corpo, que é distribuído por toda a sua dimensão se estiver totalmente paralelo ao chão. Quando se usam saltos altos, o peso é todo colocado na frente do pé, e quanto mais alto é o salto, maior é o peso e a pressão nessa região. Assim, surgem as dores nos pés, a inflamação dos nervos da planta do pé e o desvio angular do “dedão” que origina os joanetes. E se por um lado a pressão é grande na ponta do pé, também a mobilidade da parte posterior da perna fica condicionada. O calcanhar muito elevado faz com que o tendão de aquiles se retraia podendo causar tendinites. Devido à posição, também os joelhos estão expostos a um desgaste enorme da articulação. Finalmente, a zona lombar e toda a coluna estão sujeitas a adaptarem-se para compensar a alteração do centro de gravidade do corpo.
O pé está preparado para caminhar descalço e sobre terrenos irregulares e moles, adaptáveis à sua curvatura. Por isso o recomendado é a utilização de saltos com 2 a 3 cm, uma vez que contribuem para a adaptação do pé ao solo artificial, duro e nada ergonômico dos nossos dias. Mas para cada pessoa existe um salto mais adequado em função do tamanho do seu pé, ou mais concretamente, o salto máximo tolerado confortavelmente depende do declive ou inclinação do pé. O declive máximo fisiologicamente recomendado é de 10 º, de forma a não colocar o pé, o restante membro inferior e a coluna, numa posição capaz de causar problemas. O declive é a relação entre o comprimento do pé e a altura do salto, sendo que:
- para quem calça 36/37 o salto máximo deve ser de 3,5 cm
- para quem calça 38/39 o salto máximo deve ser 4 cm
- para quem calça 40/41 o salto máximo é de 4,5 cm.
A solução é alternar vários tipos de sapatos, com diversas alturas de salto alto.
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