Eleuterio: Joalharia portuguesa que brilha lá fora

à(s) 12/29/2012

 

 Eleuterio: Joalharia portuguesa que brilha lá fora
Foi ainda no século XIX que Manuel Antunes se iniciou na arte da filigrana. Uma arte que transmitiu ao seu filho Eleutério e que foi passando de geração em geração. Hoje em dia, esta técnica dá um brilho especial às joias Eleuterio dentro e fora de Portugal.

por Estela Tavares

Rosa Antunes, uma das administradoras da empresa, conta ao Boas Notícias que o segredo que mantém a Eleuterio viva é a “transmissão de conhecimentos de geração em geração e o amor pela arte da filigrana”.

Esta casa nasceu quando, em 1925, Eleutério Antunes criou, em Travassos, distrito de Braga, a sua primeira ourivesaria artesanal pondo em prática os segredos adquiridos, ainda no século XIX, por seu pai, Manuel Joaquim Antunes.

A minuciosa arte da filigrana, que a Eleuterio executa com o máximo requinte, é a herança que marca a diferença nesta joalharia. “Esta arte envolve um trabalho minucioso e apurado de aplicação de fios finos de ouro, que exige atenção e arte de quem o realiza. A incorporação desta técnica permite que as nossas joias sejam diferentes das outras propostas que existem no mercado”, refere a responsável.

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A originalidade e a arte das joias Eleuterio surpreendem o público conquistando os portugueses e os mercados estrangeiros. “O recente convite do British Museum foi um momento de grande entusiasmo. A possibilidade de expor e vender na loja do museu ultrapassou todas as expectativas”, diz Rosa Antunes.

O reconhecimento da marca portuguesa também foi demonstrado, em 1982, quando a joalharia foi escolhida para criar um coração de ouro decorado em filigrana oferecido ao Papa João Paulo II durante a sua visita a Portugal.

Tradição e modernidade

Apesar da tradição ser uma aposta da marca, a Eleuterio não deixa de acompanhar a evolução dos tempos. “Manter as raízes, as tradições de décadas e ainda assim inovar apostando em novas ferramentas, materiais e técnicas é o que temos feito ao longo dos anos. O que se pretende é conseguir criar peças que sejam atuais e de bom gosto, mas que conservem o que caracterizou esta marca desde sempre”, salienta Rosa Antunes.

Os artesões que trabalham estas joias são trabalhadores com anos de experiência, que manualmente aplicam a filigrana tendo por base as tendências da moda. O trabalho artesanal mantém viva a verdadeira essência das joias da Eleuterio que apresentam um aspeto delicado e elegante, permitindo a identificação da arte em cada peça.

Euleterio a caminho da Rússia

Atualmente, a empresa emprega 10 pessoas de forma direta e cerca de 50 pessoas de forma indireta e caminha para um processo de internacionalização acelerado com perspetivas de entrar em novos mercados. “Este ano o volume de negócios foi de aproximadamente de um milhão de euros sendo que, para o ano de 2013, esperamos atingir valores superiores com a aposta no mercado russo”, adianta a administradora.

As joias da Eleuterio podem ser encontradas em ourivesarias selecionadas pela empresa de Norte a Sul do país. A nível internacional, a joalharia tem uma forte presença em estabelecimentos de elevado posicionamento no mercado inglês e na Polónia, onde estabeleceu uma parceria com a mais conceituada cadeia de lojas nacional W.KRUK.

Fora da Europa, a Eleuterio chega aos EUA através das galerias de Stuart Moore e ainda regista presenças pontuais em vendas realizadas no continente africano, nomeadamente em Angola e Moçambique.

Pelo seu requinte e delicadesa e pela aposta na arte ancestral da filigrana na promoção do trabalho artesanal, as peças da Eleuterio alternam entre os 1.000 e os 10.000 euros, variando consoante os materiais e o trabalho empregue nestas joias, que conseguem casar tradição e modernidade na mesma peça.


 

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